Era esta cantilena que a minha mãe me cantava quando era pequena e fazia um dói-dói. Hoje em dia, raramente me lembro dela (da cantilena) mas também raramente caio ao comprido pelo chão a jogar ao mata ou algo parecido (se dantes exibia orgulhosamente os joelhos com crostas do mesmo tamanho, hoje em dia...).
O tempos avança, crescemos, mudamos e os dói-dóis também. Já nem se chamam assim, são mais complicados, pensamos muito mais neles, ainda os complicamos mais e às vezes a própria vida nos parece todo um enorme dói-dói. E mesmo que não o admitamos, quantas vezes não nos apeteceria ouvir uma lenga lenga familiar que surtisse o mesmo efeito que outrora.
Mas há tanto que podemos fazer para melhorar a nossa vida, dizem! Depois de muita reflexão sobre o assunto, de uma mudança de atitude (vá, tentativa), de uma mudança na alimentação e depois de uma Prova Oral que ouvi na Antena3 com o Francisco Varatojo, fiquei curiosa sobre o que era isto da Macrobiótica. Espectacular! Percebi que era totalmente ignorante sobre o assunto.
E numa tentativa, não só de conhecer melhor o que era, como de descobrir alternativas na minha cozinha ovo-lacto-peixo-só-às-vezo-vegetariana que ainda não me deixava totalmente satisfeita, experimentei na semana passada o curso de culinária macrobiótica no Instituto Macrobiótico de Portugal, com o Marco Fonseca.
No último dia, depois de comprar algas, vinagre de ameixa, óleo de sésamo tostado, cevada, miso, feijões azuki e outras iguarias (sim, iguarias, não estou a ser irónica!) e entusiasmada por experimentar o que aprendera em casa, comprei o livro Mente Sã, Corpo São.
Estou a ler com interesse e a pensar que, realmente, usamos os livros para nos evadirmos do mundo, mas também para nos situarmos melhor nele.
Até agora, o livro de Francisco Varatojo parece sugerir uma boa ou, pelo menos, interessante maneira de nos situarmos no mundo. Digo eu, a beber o meu cházinho de raiz de kuzu.
Mais info sobre o Instituto Macrobiótico de Portugal: aqui.