Francis Smith
Sem Título, s.d.
E lá vou eu embora, contente (não histérica que a exposição não dá para tanto) passando, só porque não havia outro caminho, pela obra de Doris Salcedo, com a mesma atitude anterior. Mas ao sair, paro para ler o texto de Plegaria Muda. Li. Voltei para a sala pela qual tinha passado arrogantemente e olhei com outros olhos. A perspectiva mudou. Agora pensava "que desperdício de vidas" e prestei-lhes a minha homenagem através da homenagem de Salcedo. E depois, já não arrogante nem apressada, sentei-me tranquilamente a ver o pequeno filme documentário. Recomendo.
Demorei mais do que os 45 minutos planeados, mas saí mais crescida. E a lembrar-me que não basta olhar, há-que ver. Mesmo sendo um cliché, é tão difícil de cumprir, imaginem se não fosse.
As exposições Plegaria Muda e Paisagem: na Gulbenkian até ao próximo domingo.