segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Meu Caro Amigo...


Para quem gosta do escritor, dos seus livros e desse universo tão forte e emblemático de García Márquez, O Aroma da Goiaba lê-se de um fôlego, é muito inspirador e convida-nos a entrar e perceber melhor o seu mundo.
Foi publicado em 1985, três anos depois do autor receber o Prémio Nobel e tendo mais de metade da sua obra por escrever.
O livro é feito de excertos de conversas entre dois amigos de longa data. Que boa maneira de o conhecermos, do que a responder a perguntas e provocações de um grande amigo.
Pensamentos bonitos, ideias maravilhosamente simples, convicções fortes... Se fosse escrever cada frase que me fez parar e pensar um pouco, iria copiar quase o livro todo, correndo o risco de fazer como a senhora russa depois de ler Cem Anos de Solidão: "... quero saber quem na realidade está louco: se o autor ou eu, e creio que a única maneira de o saber é voltando a escrever o livro."

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(por incrível que pareça, os dois livros que brincavam inocentemente na areia contêm piscadelas de olho um ao outro. Greene e García Márquez conheceram-se e passaram por algumas aventuras juntos, que pelos vistos os marcaram ao ponto de, em dois livros diferentes contendo memórias, aparecerem alusões às mesmas histórias; mais engraçado ainda é o facto de ter escolhido ler um livro depois do outro, sem fazer ideia que se iriam cruzar)