sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Disco que me anda a animar a semana:

SBTRKT: nome do grupo e do disco.
Todo o disco grita "get up and face the world", e acreditem que bem se esfalfou esta semana que a ressaca pós-Natal não é nada fácil, muito menos na versão explosiva associada com gripe.
Um amostra:


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011





Normalmente odeio que repitam séries, mas estou grata que repitam a primeira temporada de "Modern Family". Bons textos, bons actores, boas gargalhadas. Dá quase (quase!) vontade de ter filhos e definitivamente vontade de ser a Sofia Vergara nem que seja só por um dia.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Por uma feliz coincidência e dando seguimento a esta onda feminista encontrei o TED da Isabel Allende, que tinha marcado como favorito em 2008. Tem um bocadinho de tudo, como nos seus livros. É divertido, comovente, muito sério e importante num só. Em 18 minutos.


Mais uma mulher influente a bem influenciar. Link para a fundação de Isabel Allende.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

What are they up to?

 Good things.

No outro dia, depois de ver pela primeira vez (passados quase 20 anos da sua estreia) o filme "A League of Their Own", lembrei-me da Geena Davis. E ao fazer uma pesquisa para saber o que andava ela a fazer, descobri esta instituição, a Geena Davis Institute on Gender in Media, que defende e luta pela igualdade nos papéis e no retrato das mulheres na indústria do entretenimento e media direccionado às crianças.



E passados poucos dias, não sei a que propósito, lembrei-me da Glenn Close. Eis o que encontrei:


Fiquei contente. Adormeci melhor e sonhei que, com cada pesquisa por alguém influente neste mundo, encontrava boas influências.



E Lisboa fica mais bonita e feliz






































Mais info: aqui.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Banda sonora da minha noite


                                                                           Quer queira, quer não.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Miss Winehouse, como a devemos recordar:

Bonita, ultra talentosa, inspiradora e sorridente.
Hope you're singing somewhere.

















Tesouro escondido no iTunes.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Top 10, para que vos quero

Como diz Lev Grossman, aqui, "literary lists are basically an obscenity". Concordo e detesto ter de fazer listas do género e enumerar preferidos, mas tenho sempre curiosidade em ver essas tais listas. E zango-me, irrito-me, concordo, regozijo ou às vezes até me inspiro. 
Esta lista que vos proponho é um bocadinho irresistível. Pediram aos mais proeminentes escritores britânicos e americanos que fizessem a sua lista Top 10, juntaram todas as escolhas (544 livros) e retiraram daí os 10 melhores dos melhores. Cá estão:


Anna Karenina, Leo Tolstoy
Madame Bovary, Gustave Flaubert
  • War and Peace, Leo Tolstoy
  • Lolita, Vladimir Nabokov
  • The Adventures of Huckleberry Finn, Mark Twain
  • Hamlet, William Shakespeare
  • The Great Gatsby, F. Scott Fitzgerald
  • In Search of Lost Time, Marcel Proust
  • The Stories of Anton Chekhov, Anton Chekhov
  • Middlemarch, George Eliot

  • Vá, zanguem-se, irritem-se, regozijem, concordem ou inspirem-se.

  • Mas o senhor que conseguiu arrancar as listas dos 125 autores, ainda conseguiu arrancar um Top 10 de escritores vivos, Top 10 de livros do século XX, Top 10 de comédias e Top 10 de mistério. E se a curiosidade ainda não estiver satisfeita, ainda podemos ler a escolha pessoal dos Top 10 de cada um dos escritores e as razões para essa escolha. Tudo aqui.

  • Enfim, parafraseando outra vez Lev G. : 

  • "Read it and - well, just read it!"

  • quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

    Auto-presente de Natal


                                                                                   Keel's Simple Diary

    terça-feira, 13 de dezembro de 2011

    Bedtime Story + Morning Interview

    Li ontem, antes de dormir, uma óptima história da Margaret Atwood (escreve tããão bem) chamada Stone Matress, publicada no The New Yorker. É uma suculenta história contada na voz de Verna, uma intrigante mulher que viaja a bordo de um cruzeiro no Ártico e planeia um assassínio. Hoje de manhã li a interessante entrevista, a propósito da mesma história. 

    Sigam os links e divirtam-se:

     Vi um amigo meu de East of Eden debaixo do braço e, só tendo lido ainda um livro do Joe (que lata, não é? Mas depois de ter visto Midnight in Paris, tenho a certeza que um dia destes apanho um táxi, encontro-o e conversaremos noite fora), dizia eu, tendo apenas lido A Um Deus Desconhecido, fiquei cheia de inveja. 
    E não é que vou ao Jumbo e encontro estes dois pequenotes a um preço super simpático, lá bem escondidos atrás daqueles livros mesmo importantes cujas capas apresentam invariavelmente mulheres na praia em vestidos esvoaçantes? Perdidos e inadaptados, não resisti a trazê-los comigo.
    Cá estão eles, na minha sala. Parecem felizes, não parecem?


    E eis o John que irei encontrar um dia destes, mas a cores, espero:


    segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

    E como é preciso rir...

    ... de coisas sérias e já que estamos numa de Time Magazine, espreitem os cartoons da semana. O primeiro é auspicioso:


    A minha semana começa então com gargalhadas.

    I've Seen It All?

    Quem acha que já viu tudo, dê uma vista de olhos no que a revista Time nomeou de most surprising photos of 2011. Quem sabe que não viu tudo, também.



    E esta não é nada, mas não quis estragar a surpresa.
    Espreitar aqui.

    domingo, 11 de dezembro de 2011

    Atrás de um Nobel esconde-se uma boa história

    O Nobel da Literatura foi atribuído ao poeta sueco Tomas Tranströmer "because, through his condensed, translucent images, he gives us fresh access to reality". Gosto disso. E também gostei deste poema:
    Allegro
    I play Haydn after a black day
    and feel a simple warmth in my hands.
    The keys are willing. Soft hammers strike.
    The resonance green, lively and calm.
    The music says freedom exists
    and someone doesn't pay the emperor tax.
    I push down my hands in my Haydnpockets
    and imitate a person looking on the world calmly.
    I hoist the Haydnflag - it signifies:
    "We don't give in. But want peace.'

    The music is a glass-house on the slope
    where the stones fly, the stones roll.
    And the stones roll right through
    but each pane stays whole.
     New Collected Poems, tradução de Robin Fulton (Bloodaxe Books, 1997/2011)

    Mas gostei ainda mais de conhecer a sua história comovente. Tomas Tranströmer trabalhou também como psicólogo. Era pianista clássico. Em 1990, sofreu uma trombose, ficou com a mão direita paralisada e apenas capaz de dizer umas poucas palavras. Mas ainda toca piano. Alguns compositores suecos escreveram peças para mão esquerda especialmente para ele. Ver para crer neste bonito vídeo.

    sábado, 10 de dezembro de 2011

    O verdadeiro Girl Power





    O Prémio Nobel da Paz foi entregue ontem a três mulheres: Ellen Johnson Sirleaf, presidente da Libéria,  Leymah Gbowee, líder de um movimento pacífico feminino também na Libéria e Tawakel Karman, jornalista, política e activista de direitos humanos do Iémen, pela sua luta pacífica pela segurança, direitos e igualdade das mulheres e pelo esforço para alcançar a paz.

    No discurso de entrega do prémio (completo aqui) de Thorbjørn Jagland, saliento esta bonita passagem: "You give concrete meaning to the Chinese proverb which says that "women hold up half the sky". That was why, when giving its reasons for this year's award, the Nobel Committee stated that "We cannot achieve democracy and lasting peace in the world unless women acquire the same opportunities as men to influence developments at all levels of society".
    We thank you for the hope you awaken in us all."
    Numa entrevista a Tawakel começaram por lhe dar os parabéns pelo prémio, ao que respondeu : "Parabéns ao Mundo".

    Nem mais: Parabéns, Mundo.

    Umas palavrinhas para a crise

    A entrevista passou há mais de um mês, mas não consigo tirar esta resposta tão bonita da cabeça, por isso partilho:

    Daniel Oliveira : Que solução vê para Portugal?

    José Hermano Saraiva :

     Qualquer que seja o futuro, continuará a haver noites de luar, 
                      serra de Sintra e o Tejo a correr para o mar.


    Entrevista completa aqui.

    terça-feira, 6 de dezembro de 2011

    No Comboio

      Nada como uma viagem de comboio para começar a semana. A possibilidade de ter tempo para pensar em tudo ou em absolutamente nada, simplesmente deixar a paisagem passar pelos nossos olhos e libertar a cabeça para poder passear por lugares diferentes, que bem precisa!


       O nosso país é tão bonito visto da janela de um comboio. Qualquer país, na verdade. Desde que fiz um inter-rail pela europa, armada em teenager freak mas em versão mid 20's, que me apercebi do mágico que é espiar um país através da janela de um comboio. Espiar as suas paisagens, as encostas, os lagos, rios, campos, as pequenas e as grandes cidades, as pessoas que entram e saem ou que esperam nas estações.

       O percurso dos comboios não tem nada a ver com o das auto-estradas. É mais escondido, mais selecto. Fico sempre com vontade de fazer a viagem de comboio para o Algarve, quando passo por algumas linhas férreas na auto-estrada atribulada, fico sempre com inveja dos caminhos alternativos que seguem, enquanto eu sigo em frente, sempre em frente pela monótona língua cinzenta picotada de branco. O comboio grande, imponente, decidido, transmite uma segurança que um automóvel não consegue. E vai sozinho, não há condutores de domingo a empatar, velhotes cheios de boa vontade mas que cometem as maiores inconsciências, cromos da velocidade, dos máximos e dos colanços ao nosso rabiosque, vulgo pára-choques traseiro.

       Sinto-me portuguesa hoje. Gostava de ter trazido um dos diários de Miguel Torga. Não me lembrei. Trouxe Crónica de uma Morte Anunciada, do Gabriel García Márquez. Enfim, tenho uma costela para essas bandas, também serve. Trouxe-o numa decisão rápida (coisa rara, normalmente fico quase tanto tempo a decidir que livros levar como a decidir a roupa), por achar que era um livro que conseguiria ler na viagem. Gosto de livros que se lêem numa viagem. É a melhor companhia.
    E que companhia que este me está a fazer. Acho que nos vamos tornar grandes amigos.

       Eis-me chegada ao Porto. Ansiosa pela viagem de volta.

    segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

    Aos Nossos Companheiros de Planeta

    Os animais são sempre vítimas inocentes nas mãos do Homem (apesar de me custar aqui usar a maiúscula). Não têm maldade, apenas instinto, e tantas vezes dão provas de estar do nosso lado mais do que estamos dos deles.
    Com polémicas no ar como a captura em Mirandela e o assassínio a sangue frio de cães abandonados na Ucrânia (assinar petição), que tanto me entristecem, ainda há algumas surpresas que me fazem sorrir e ter alguma esperança de que alguns de nós ainda damos valor à Natureza e ao resto dos seres vivos com quem partilhamos este planeta.
    O primeiro caso é o dos cavalos que atravessaram o IC19 e "chocaram" contra um automóvel. Essa é a parte má, e demonstração de como nos estamos verdadeiramente a intrometer no caminho da natureza. A parte boa foi ver que o INEM estava lá e tratou do cavalo que ficou ferido. Na reportagem até estava alguém a fazer-lhe festas. (ver reportagem)
    Outra das surpresas foi este vídeo que vale mais que 567 mil palavras:

    quarta-feira, 30 de novembro de 2011

    A Virgem e o Cigano


     Não é um daqueles livros que me faz marcar frases ou passagens bonitas, mas é de um outro género, do género dos verdadeiros contadores de histórias. Do género de que mal conheço as personagens, quero urgentemente saber o que lhes vai acontecer. Ficamos caidínhos pela Yvette e pela Lucille, e é difícil não nos deixarmos envolver pelo ambiente, por aquela casa. Imaginamo-nos lá dentro, sentindo o cheiro e a escassa luz que vem das janelas raramente abertas, a pesada mobília e todos os recantos carregados de pó. E imaginamos aquela família à nossa volta, como se os conhecêssemos de outros tempos.

    Há um toque de humor aqui e ali,  na denominação da ex-mulher do reitor como "Aquela-Que-Tinha-Sido"e nas figuras das tias e da avó. Mas também há sinais da fraqueza humana: a mesquinhez, a maldade, o comodismo, a negação de sonhos e aspirações.

    E depois temos o cigano e a virgem, à margem dos seus dois mundo divergentes, numa história de sensualidade entre eles entendida e por eles respeitada. 
    E aquele final, aquele final! O final tããão romântico, que, tivesse eu lido na adolescência, teria sonhado e revisto na minha cabeça durante semanas a fio.

    Versão portuguesa aqui.

    Desabafo

    O mundo é pequeno mas enorme e nele cabem todas as ideias e todos os sonhos. Por maiores que sejam, por muito que mudem conforme o dia. É uma das características mais bonitas disto tudo: podermos sonhar sem que nunca ninguém diga que temos de parar. E mesmo que o digam, podermos continuar. Não precisam de saber. O sonho é enorme e cabe dentro de nós.

    What a Little Virus can do

    O lado bom de uma virose é que podemos passar mais tempo em frente à televisão a ver filmes e séries sem qualquer peso na consciência. E há tanto para ver, and so little time! Expressões que soam bem em inglês, lamento. O mau é que a mucosa indesejada invade o cérebro e reduz consideravelmente o tão estimado QI. Logo, a 2ª caixa do Bergman (demasiado íntimo, só Bergman?) continua por abrir.

    Neste estado, vi com uma inesperada alegria e interesse filmes como Mamma Mia (mesmo assim ao princípio achei que não ia aguentar, but then there was Meryl...) e Sweet Home Alabama. Mas também tive boas surpresas como Open WaterBridesmaids (ou já estaria com febre?) e Hart's War (já nos 40º?) sendo a maior de todas rever The Untouchables (aqui já a perceber que a recuperação sorrateiramente se aproximava). E eis as lições tiradas:

    1 - não ver 4 episódios de uma série que se idolatra neste estado (não me lembro de nada);
    2 - vivam as mulheres argumentistas e comediantes pós-trinta anos (go, Kristen Wiig!);
    3 - não tirar cursos de mergulho, ou se tirar nunca ir para a água sem uma pistola de very lights;
    4 - os filmes maus podem ser bons num domingo à tarde constipado;
    5 - a Meryl Streep pode fazer o que quiser, nós cá estamos para aplaudir;
    e
    6 - este primeiro plano é um dos melhores de sempre:


        The Untouchables, Brian de Palma, 1987

    terça-feira, 22 de novembro de 2011

    O Vincent a tirar-me do sério


    "If you hear a voice within you say "you cannot paint," then by all means paint, and that voice will be silenced."

    Vincent Van Gogh

    segunda-feira, 21 de novembro de 2011

    Começa uma nova semana...

    E as minhas manhãs vão ser mais ou menos assim (ou assim o espero!). As partituras variam e o gato é opcional. A opção sendo dele, é claro. O normal numa relação gato-ser humano.





    domingo, 20 de novembro de 2011

    Clap, clap, clap

    "Be who you are and say what you feel because those who mind don't matter and those who matter don't mind."
    Dr Seuss

    Adoro frases feitas. E variantes de frases feitas. E  mil frases feitas, mesmo que todas, no fundo, digam a mesma coisa.

    I Fall In Love Too Easily

    Eis o namoro musical da semana. Começou com esta:


    E agora estou a conhecer o disco todo. É daqueles discos com múltipla personalidade estilística. Da boa.
    (e ele não é um "nerd meets sting" irresistível?)

    Para conhecer melhor: aqui.

    sexta-feira, 18 de novembro de 2011

    "Novelists can be likened to omnicompetent tour guides—as they gloss and vivify the wonders of unfamiliar terrains, the marketplaces, the museums, the tearooms and wine cellars, the gardens, the houses of worship. Then, without warning, the suave cicerone becomes a garrulous rogue cabdriver, bearing you off on a series of sinister detours (out by the airport, and in the dead of night). The great writers can take us anywhere; but half the time they’re taking us where we don’t want to go."

    Martin Amis for The New Yorker

    Ler mais.

    Numa tarde de chuva, vêm à memória frases bonitas *

    "O mundo, se calhar, ele nunca o tinha visto. Mas era já há 27 anos que o mundo passava por aquele navio: e era já há 27 anos que ele, naquele navio, o espiava. E lhe roubava a alma."


     Em Novecentos de Alessando Baricco.

    * e títulos pirosos, aparentemente.

    quinta-feira, 17 de novembro de 2011

    Hoje à noite: Intensive Acting Workshop




                                         Nurse Jackie. 21h25. Fox Life. 4 episódios.
                     1º Barra de chão 2º ouvir o Chico Pinheiro ao vivo e 3º ir alegremente para casa ver os episódios seguidinhos!

    segunda-feira, 14 de novembro de 2011

    domingo, 13 de novembro de 2011

    Excerto

    "E o médico perguntava: tem abusado dos fritos, dos ovos, tem lido o suficiente. O paciente respondia: não, senhor doutor, há quase um ano que não leio um livro, não gosto muito e dá-me preguiça. Então o médico acrescentava: ah, fique sabendo que você ou lê urgentemente um bom romance, ou então vemo-nos no seu funeral dentro de poucas semanas."

    O filho de mil homens, Valter Hugo Mãe, Alfaguara

    sábado, 12 de novembro de 2011

    Can you be happy and still be tempted?

    A propósito do último "Conversa de Raparigas" (todas as sextas, 19h, Antena3), lembrei-me deste filme quando se falou do amor, da paixão, da tentação, da traição. O filme (tal como qualquer conversa sobre o assunto) não traz (nem impinge) respostas e deixa perguntas no ar. Mas dá-nos uma interessante perspectiva.

    Speed Dating Literário

    Quando acabo de ler um livro, fica um vazio que urge ser preenchido. Normalmente pego em três ou quatro livros em "fila de espera" e leio as primeiras páginas para perceber qual me apetece ler nesse momento. Uma coisa rápida, indolor e eficaz.
    Há simplesmente momentos e alturas da nossa vida em que o que estamos a viver e a pensar não casa com determinados livros. Tal como um encontro pode correr mal mas noutra altura poderia correr bem. Aquilo a que vulgarmente chamamos de timing. 
    Mas nem sempre pensei assim. Antes fazia uma cerimónia incrível com os livros, como se os seus autores estivessem a espreitar e a abanar a cabeça em sinal de desagrado perante a minha falta de empenho ou

    Um bom texto + excelentes actores = rewind, rewind, rewind


    ( Lilly, Jackie e uma bala acabada de retirar do cérebro da primeira)

     - May I?
     - That was in my brain. Which is fine, by the way.
     - Yes, I heard.
     - Humm... You said you were going to be there when I woke up. It was the only reason I didn't completely lose my shit.
     - I know, honey. And then the day just sort of got away from me. Sorry. ... Want me to get rid of this for ya?
     - I want you to hang on to it. Keep your fucking promises.

    E no meio do episódio, esta cena cai que nem ginja! E que episódio: Harvey Fierstein (em baixo) a desempenhar papel difícil de esquecer. Eu sei que isto deve ter passado aí em 2009 nos States, mas não me importo de ser assim: feliz em delay.


    A terceira temporada começou na última quinta-feira no Fox Life.

    sexta-feira, 11 de novembro de 2011

    quarta-feira, 2 de novembro de 2011

    E Lisboa fica mais bonita


     Tanta gente para conhecer, filmes para ver, masterclasses, passagens de livros para ouvir (da boca dos próprios escritores!), música... Descubram aqui, saquem da agenda e anotem. 

    quarta-feira, 26 de outubro de 2011

    Se tivesse de escolher uma frase bonita

    do primeiro capítulo, teria de o transcrever inteiro. Que bonita e rara sensação. A razão pela qual se lêem livros, no fundo.

    quarta-feira, 19 de outubro de 2011

    segunda-feira, 10 de outubro de 2011

    Arquitectura Russa (1970-1990)


    Impressionante livro da Taschen: Cosmic Communist Constructions Photographed, de Frédéric Chaubin . 



    Mais fotos aqui.
     Livro na Taschen.

    domingo, 9 de outubro de 2011

    "Regresso à sala de leitura. Afundo-me no sofá e mergulho no mundo de As Mil e Uma Noites. Lentamente, como no fade-out de um filme, o mundo real desaparece e eu fico sozinho dentro do universo da história. O meu sentimento preferido."

    Página setenta e nove, Kafka à Beira-Mar, Haruki Murakami, Casa das Letras.

    terça-feira, 4 de outubro de 2011

    "Come, gentle night, — come, loving black brow'd night,
    Give me my Romeo; and, when he shall die,
    Take him and cut him out in little stars,
    And he will make the face of heaven so fine
    That all the world will be in love with night
    And pay no worship to the garish sun."


    Shakespeare, "Romeo and Juliet", Act III, scene II

    segunda-feira, 26 de setembro de 2011

    I heart Paul

    Acho que o melhor e mais sincero elogio que posso fazer a este livro é contar que às 10 páginas lidas, passei por uma livraria e sem pensar duas vezes, comprei mais um livro de Paul Auster, para não ter pena quando este acabar. E mesmo assim tive pena.

    sábado, 24 de setembro de 2011

    Canções Para Um Sábado


                               Joanna Newsom -  Have One On Me

                                                       
                                 Iron & Wine - Kiss Each Other Clean


                                 The Tallest Man On Earth - The Wild Hunt


                                        Peter Gabriel - Scratch My Back


                                            The Swell Season - Strict Joy


    terça-feira, 20 de setembro de 2011

    Palavras e Música

    Quando uma letra linda encontra uma melodia maravilhosa não há muito que se possa dizer.
    Penso na sorte do Chico Buarque e do Edu Lobo em poderem ter momentos de uma inspiração desta magnitude.
    E na nossa sorte, de podermos testemunhar, mesmo que distantes, os seus frutos.

    Choro Bandido

    Mesmo que os cantores sejam falsos como eu
    Serão bonitas, não importa
    São bonitas as canções
    Mesmo miseráveis os poetas
    Os seus versos serão bons
    Mesmo porque as notas eram surdas
    Quando um deus sonso e ladrão
    Fez das tripas a primeira lira
    Que animou todos os sons
    E daí nasceram as baladas
    E os arroubos de bandidos como eu
    Cantando assim:
    Você nasceu para mim
    Você nasceu para mim
    Mesmo que você feche os ouvidos
    E as janelas do vestido
    Minha musa vai cair em tentação
    Mesmo porque estou falando grego
    Com sua imaginação
    Mesmo que você fuja de mim
    Por labirintos e alçapões
    Saiba que os poetas como os cegos
    Podem ver na escuridão
    E eis que, menos sábios do que antes
    Os seus lábios ofegantes
    Hão de se entregar assim:
    Me leve até o fim
    Me leve até o fim
    Mesmo que os romances sejam falsos como o nosso
    São bonitas, não importa
    São bonitas as canções
    Mesmo sendo errados os amantes
    Seus amores serão bons.

    sábado, 17 de setembro de 2011

    Sábado de manhã e boas leituras.

    É bom acordar, tomar o pequeno-almoço e ler algo bonito.
    Como a "Croniquinha" de António Lobo Antunes na Visão desta semana. Seguida pelo namoro com "Viagens no Scriptorium" (Paul Auster).
    Deixo aqui duas passagem que me marcaram na crónica de LA, pensando em como diferentes passagens marcam diferentes pessoas e em como num grupo de pessoas que leiam o mesmo texto, quase que aposto que nenhuma escolheria a mesma.

    "Não abandono os sítios de que me fui embora, coloquei a alma, escondida, sob cada objecto. Continuo em Veneza com sete anos, em Berlim com quarenta, não saí do lado do Jardim Zoológico, onde passeava, com o meu avô, num barco com pedais."
    (...)
    "O sorriso raro do meu pai, as duas empregadas da minha avó a beijarem-se. Vidas pequeninas que eu não compreendia. A profunda solidão das pessoas. O meu espanto diante das criaturas amargas. Entendo a tristeza, entendo o desejo de suicídio, não entendo a amargura, o azedume, a avidez. Nem a antipatia, nem a inveja, nem a vaidade."


    sexta-feira, 16 de setembro de 2011

    Rendida a Michael Cunningham

    Em 2002, um amigo convidou-me para a ante-estreia de As Horas, filme maravilhoso. E ele disse: "Tens de ler o livro, tens de ler o livro". Comprei o livro, mas pelas razões abaixo indicadas, só agora o li, passados quase 10 anos!  E gostei. Muito. A maneira de escrever, de contar as histórias, o retrato das mulheres, a subtileza, as bonitas frases. Enfim, vou continuar interessada em tudo o que ele escreveu. Se alguém que leia este post tiver sugestões, não faça cerimónia.

    Mais informação sobre o autor, aqui.

    quinta-feira, 15 de setembro de 2011

    Livros e Filmes II

    Há um problema em ver filmes bons antes de ler os bons livros nos quais se inspiram.

    Por exemplo, As Horas de Stephen Daldry, A Casa dos Espíritos de Bille August, O Leitor também de Stephen Daldry, são exemplos de filmes que me marcaram e que dificultam a leitura dos livros de Michael Cunningham, Isabel Allende e de Bernard Schlink. O que é indecente.

    Ensombram a leitura. E a culpa é da fotografia, das paisagens e pior que tudo, do estupendo trabalho dos actores.

    Ao ler, temos a maravilhosa e única oportunidade de sermos nós os realizadores, os directores de fotografia, os compositores da banda sonora. Tendo o filme muito presente, é-nos impingido sem querermos a Glenn Close para o papel de Férula Trueba, Meryl Streep para o de Clarissa e o de Kate Winslet para Hanna Schmitz, e, no caso de A Casa Dos Espíritos, o Alentejo e Lisboa na repérage.

    E eu não quero!!! Quero escolher os MEUS actores, cria-los a partir da leitura, imaginar as MINHAS paisagens e tudo a que tenho direito, sem ser influenciada pelo filme.

    Enfim, é uma luta quase inglória, mas cá tenho os livros que inspiraram filmes que vi e estou à espera pacientemente de esquecer o suficiente uns para ler os outros.

    Senti que já estava preparada para ler As Horas, e estava. E ainda bem que me arrisquei. No entanto lutei, lutei e lutei para não ver a Meryl Streep na Clarissa nem a Julianne Moore em Laura... até que desisti. Paciência. Pelos vistos, actrizes como estas não estão mesmo destinadas ao esquecimento.

    É indecente.

    sexta-feira, 9 de setembro de 2011

    Para Sempre Na Memória


    Hoje, antes de saber das notícias de possibilidade de atentados, estive a fazer uma viagem de volta ao 11 de Setembro de 2001, através das histórias daqueles cujas vidas mudaram para sempre depois desse dia.
    Histórias de sobreviventes, de salvadores, de testemunhas, mas não só, e essa é a característica mais interessante deste bonito projecto da Time Magazine: histórias do outro lado da história. De um iraquiano que acordou a meio da noite com a casa a arder, de um argelino preso por engano, de uma americana muçulmana incompreendida.
    Mas mais não conto, pois vale mesmo a pena ouvir na primeira pessoa. Aqui.

    Deixo a fotografia do bonito "Tribute in Light". E a esperança de que as ameaças não passem disso mesmo.

    Peace.

    quarta-feira, 7 de setembro de 2011

    "No entanto, quando abriu os olhos há minutos, (...) apercebeu-se da sensação abafada e húmida à sua volta, da impressão de não estar em lado algum, e soube que ia ter um dia difícil. Soube que ia ter dificuldade em acreditar em si mesma, nas divisões de sua casa, e quando olhou para este livro novo na mesa de cabeceira, posto em cima do que acabara de ler a noite anterior, estendeu maquinalmente a mão para ele, como se ler fosse a única e óbvia primeira tarefa do dia, a única maneira viável de efectuar a transição do sono para o dever."
    As Horas, Michael Cunningham, Gradiva, trad. Fernanda Pinto Rodrigues

    terça-feira, 6 de setembro de 2011

    Quando O Cinema Era Mudo E Tinha Graça

    Graças ao "Onda Curta" que continua a enriquecer os serões de domingo, tive o prazer de ver duas animações lindíssimas e de seguida "The Eastern Westerner" (1920) de Hal Roach, com Harold Lloyd.

     Já estava com sono, mas, bolas!, é tão bom ver cinema antigo, viajar para outra época e especificamente para esse lugar tão especial onde a palavra falada não tem som nem lugar e é substituída por emoções que transbordam dos rostos e gestos hiperbólicos que saltam dos corpos. E Harold Lloyd é, sem dúvida, uma estrela. Mas quem me fez realmente ficar sentadinha no sofá a combater estoicamente o sono foi o senhor H.M. Walker, graças a estas maravilhosas tiradas que escreveu para acompanhar o filme:





      E mais uma, cuja foto não encontrei:
     "Tiger "Lip" Tompkins, owns half the county and bullies the rest.
       Leader of the masked angels- men who have broken eight commandments
       and twisted the other two."

      Depois disto, faz lá falta o som!

    quinta-feira, 1 de setembro de 2011

    A Luz Deste Agosto

    Cru. Violento. Honesto. Triste. Os preconceitos sociais, o racismo da era pós-esclavagista, a obsessão religiosa, a sexualidade, o amor. Uma muito dura realidade com um fio condutor surpreendentemente bonito e carregado de ingenuidade. 

    Numa das últimas páginas, na voz de Hightower (poderia ter escolhido outros excertos do livro,  mas escolhi este por ter sido dos últimos que me marcou e por conter de uma forma tão especial e resumida o tom de desencantamento que paira pelo livro inteiro):

    "Então isto é o amor. Estou a ver. Também estive enganado a este respeito, pensando como pensara antes e pensaria depois e como já pensou um em cada dois homens: quão erróneo mostra ser o livro mais profundo quando aplicado à vida.
    (...)
    Talvez tivessem estado certos ao porem o amor em livros, pensou ele calmamente. Talvez não pudesse subsistir em mais lado nenhum."




    quarta-feira, 31 de agosto de 2011

    Fim de tarde ideal para ler um livro ou ver um filme...


     No meu caso, para acabar A Luz Em Agosto do Faulkner que, na verdade, é tão alegre como este dia.
     E logo à noite, um filme, certamente. Aceitam-se sugestões. Mas nada de cinema. Sofá e mantinha. E um copinho de vinho tinto pode não vir completamente a despropósito.
     Feliz noite de chuva para todos.

    segunda-feira, 29 de agosto de 2011

    3 razões para ver "Nurse Jackie":

    Eve Best

    Eddie Falco

                                                                      Merritt Wever

       As palavras, dizem-nas elas. Estupidamente bem. 

    quinta-feira, 18 de agosto de 2011

    How to Pronounce?


    Eis que encontro uns vídeos que nos ajudam a pronunciar correctamente palavras em inglês/americano. Por exemplo, este é bastante elucidativo e útil, pois nunca percebi exactamente como se pronunciava:


    E depois encontrei um nome que sempre causa polémica na pronúncia e eis a minha surpresa (terá sido sempre assim tão estupidamente óbvio?):


    E com este último, desmanchei-me finalmente a rir e percebi que há dois, o Pronunciation Book e o Pronunciation Guide,  sendo o primeiro correcto e útil e o segundo uma boa cópia gráfica mas completamente inútil, errado e hilariante. E para rir mais um bocadinho:




    quarta-feira, 17 de agosto de 2011

    Livros e Lugares

                      
                                                        "A Luz Em Agosto" no Café Tati.

    It's My Book And I Cry If I Want To!

    Ao conversar com uma amiga sobre filmes que nos fizeram chorar, lembrei-me de livros que me atraiçoaram quando menos esperava e me levaram às (mesmo que subtis, singelas e rapidamente disfarçadas) lágrimas.

    Eis alguns:






    Por muito que se armem em fortalhaças, nem as lágrimas mais teimosas conseguem resistir à beleza da escrita de Alessandro Baricco ou à arrebatadora simplicidade do Julius de Echenique e das personagens de Zusak. Se não se derramarem pela cara abaixo, duvido que não ameacem.

    terça-feira, 16 de agosto de 2011

    Retratos Impressionantes

     Trabalho da fotógrafa Michal Chelbin em prisões russas. Ainda não está em livro, mas aguardamos ansiosamente.

        Lena and Katya, Juvenile Prison, 2009


    Ler artigo do "The New Yorker" aqui.

    Livros e Música

     Depois de ter visto o maravilhoso concerto de John Hollenbeck Large Ensemble no passado domingo (parte do Jazz Em Agosto, naquele magnífico auditório ao ar livre, salvo os aviões, que às vezes parece que se vão despenhar ao lado do palco...) encomendei este livro:


        O título do livro é também o de um dos temas compostos por J. Hollenbeck para este large ensemble, inspirado nas palavras de Hazrat Inayat Khan, cantadas no concerto pelo maravilhoso Theo Bleckman, acabando assim o concerto em êxtase!

    Penso que algumas das palavras, se bem me lembro, seriam estas:

    "Music should be healing; music should uplift the soul; music should inspire. There is no better way of getting closer to God, of rising higher towards the spirit, of attaining spiritual perfection than music, if only it is rightly understood."

    Bonito, não é?
    E deixo mais estas:

    "The mystery of sound is mysticism; the harmony of life is religion. The knowledge of vibrations is metaphysics, the analysis of atoms is science, and their harmonious grouping is art. The rhythm of form is poetry, and the rhythm of sound is music. This shows that music is the art of arts and the science of all sciences; and it contains the fountain of all knowledge within itself."